Reflexões e pensamentos sobre nossa atuação
Como consultora de desenvolvimento organizacional e comportamental tenho ajudado muitas empresas a estruturarem e gerirem melhor os seus talentos internos.
Nos processos de gestão de pessoas tenho percebido que na última década o ambiente externo está cada vez mais competitivo, as tecnologias sofisticadas possuem ciclos de vida cada vez mais curtos e o acesso à informação global está generalizado. Todas estas transformações tem feito crescer o risco das organizações que necessitam de controles modernos que privilegiem o desempenho e a competição em contraste com os controles do passado.
Para se manter competitiva e atuar nesse mercado, as empresas hoje estão muito preocupadas com a sua sustentabilidade, focando o tripé: economia, ambiente e pessoas. Porém, como diz Ram Charan… “ pessoas vem antes da estratégia, empresas não criam valor , as pessoas é que fazem isso.”
As empresas precisam cuidar de seus talentos, assegurando a sua retenção – só o comprometimento e motivação do profissional é que levarão a empresa a ter uma vantagem competitiva, garantindo uma efetividade de eficácia no seu desempenho e uma eficiente utilização dos seus recursos.
A gestão de pessoas, como toda e qualquer área de uma organização, também precisa ter cumprimento de politicas, procedimentos, normas, indicadores de performances e resultado. Afinal a governança corporativa se faz através da governança na gestão de pessoas que conduzirá a empresa na gestão de risco e de crescimento.
A Governança na Gestão de Pessoas ajuda a empresa a identificar suas vulnerabilidades e a auxilia a implementar processos de realinhamento, correção e melhorias, contribuindo assim para a consecução dos seus objetivos e metas.
Mais do nunca, a Governança na Gestão de Pessoas agrega um forte valor à cadeia de informações da empresa, garantindo solidez e sustentabilidade do presente e futuro dos negócios.
Como consultora de RH observo que temos o papel efetuar uma analise estratégica e uma avaliação dos processos na gestão de pessoas para garantir o cumprimento do plano de negócios das empresas. Quanto mais informações úteis e oportunas oferecermos à direção das empresas, maior credibilidade e importância será dirigida à função estratégica que a área de recursos humanos deve desempenhar nos dias de hoje.
Para isso, nós profissionais que lidamos com comportamento e processos da organização também precisamos conhecer o negócio da empresa, o seu business, o seu mercado – esse conhecimento é um dos pontos críticos desta atuação estratégica. Além do conhecimento específico que detemos é imprescindível que nos especializemos no negócio de nossa organização, seja ele qual for.
A Governança na Gestão de Pessoas se faz através de atuação estratégica junto ao CEO e do Financeiro da organização, realizando uma atuação tripartite e conjunta desses profissionais que juntos conduzirão a empresa na conquista de seus objetivos, mesmo diante de um cenário politico e econômico conturbado como o que vivemos hoje.
Essa atuação tripartite – CEO-RH-Financeiro levará a organização a saber lidar tanto com um cenário de crescimento e desenvolvimento – criando vantagens competitivas através das pessoas, ou com um cenário restritivo, construindo soluções alternativas.
A Governança da Gestão de Pessoas é crucial dentro de qualquer cenário – crescimento ou restritivo , e hoje essa afirmação é uma verdade fundamental para se obter a sustentabilidade no atual mercado.
Como diria Mário Sergio Cortella – “gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo”. Assumir este compromisso de desenvolver o outro é aceitar o desafio de construir um papel profissional ilimitado é infinitamente mais significante e gratificante para o profissional da área de RH.
Acompanhe nossas próximas reflexões sobre Governança na Gestão de Pessoas.
Fátima Ohl Braga