Muitos devem estar se questionando sobre como vamos comemorar a Páscoa deste ano, no próximo dia 12 de abril – estamos em pleno recolhimento social para tentar driblar a pandemia do Covid-19 e não podemos nos reunir, participar de celebrações e cultos religiosos, nos encontrar com pessoas queridas – não podemos festejar a Páscoa em família como gostaríamos.

Mas será isso uma verdade? Será mesmo que não estamos participando de celebrações e cultos ritualísticos para celebrar a morte, crucificação e ressurreição de Cristo?

Na minha humilde percepção não estamos somente assistindo a celebrações e cultos para celebrar a Semana Santa, estamos na verdade vivendo o verdadeiro calvário de Cristo nesse momento atual do Covid-19.

Estamos assustados como também ficaram os apóstolos na época da perseguição e crucificação de Cristo. Estamos assistindo a desordem mundial que esse vírus está causando e evidenciando o quanto os governos são egoístas, loucos por poder e muito pouco preocupados em fornecer condições básicas de saúde e moradia para os mais necessitados.

O flagelo vivido por Cristo se repete hoje nas incontáveis mortes que ocorreram e que ocorrerão por deficiência de recursos e de infraestrutura básica na saúde de todos os países – dos mais ricos aos mais pobres.

Nunca se viu tantas ações integradas em todos os ministérios públicos dos governos para se tentar minimizar as consequências dessa pandemia.

Sim! Com certeza estamos participando ativamente dos rituais da Semana Santa através de nossas vivências diárias: isolamento social; diminuição da atividade econômica; mudança na forma de trabalho – Home office; cuidados excessivos com a higiene pessoal; corrida intensa na compra de EPIs; profissionais autônomos sem o seu sustento; profissionais perdendo seu emprego; construção de hospitais de campanha em várias cidades brasileiras; embargos de compra de equipamentos necessários para a saúde; discussão e jogo de poder de políticos querendo marcar posição nos futuros pleitos eleitorais; imprensa com posicionamento partidário que não ajuda na construção de uma consciência coletiva em prol dos cidadãos, etc.

O nome Pascoa é de origem hebraica e vem da palavra Pessach que significa “passagem” – para o novo, para uma vida melhor. Para os cristãos é o tempo de reflexão que nos coloca Cristo como exemplo de superação de dificuldades – ELE ressuscitou vitorioso , venceu o seu calvário. E todos nós – cristãos e não cristãos, que acreditamos na superação e vitória através da fé , também conseguiremos celebrar a Pascoa e conquistar a nossa passagem para uma vida mais justa, mais humanitária, menos egoísta e mais amorosa.

Somos os atores da Semana Santa/2020 que acontece em todo o globo terrestre…que não percamos a oportunidade de assumir o papel principal nesse evento seja em nossa vida pessoal e/ou profissional.

Precisamos aproveitar esta experiência e aprender novas formas de convívio familiar, de manter nossos vínculos pessoais através de nossas redes de contatos , de entregar resultados concretos sem a necessidade de nossa presença física e de acolher com amorosidade e sabedoria esse momento crítico e difícil que estamos vivendo.

Que todos nós tenhamos uma Feliz Páscoa e que consigamos brevemente ressurgir para um novo momento de uma forma mais amorosa, sábia e justa.

FELIZ PÁSCOA ! Esses são os votos da OHL BRAGA para todos os seus clientes, parceiros , fornecedores e seguidores.

 

Por Fátima Ohl Braga.

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