Porque-desenvolver-lideranças-no-momento-atualMuito já foi dito e falado aos quatro ventos que gerir e liderar são verbos distintos, não são sinônimos e focam resultados diferentes.

Você gerencia quando planeja, organiza os recursos,  efetua controles chega nos resultados almejados. O gestor sempre conquista os seus objetivos. Nem sempre um gestor é um líder.

Você lidera quando se preocupa com os processos e os fenômenos que ocorrem no seu grupo. Liderança é um processo de influenciar intencionalmente o outro, porém atendendo aos objetivos de todos os envolvidos.

O cenário brasileiro atual – uma economia parada, inflacionada, desacreditada pelos mercados internacionais, sem perspectivas de mudança ou crescimento, coloca o empresário e seus executivos em uma condição extrema de ter que lutar pela sobrevivência e sustentabilidade do seu negócio. Entretanto, para conquistar essa façanha eles precisam reter capital intelectual da empresa – os seus talentos, motivados e comprometidos com a estratégia de negócio.

Isso só será possível se existirem lideranças que consigam motivar e mobilizar de forma contínua os profissionais da empresa. A retenção de talentos – capital intelectual, se faz com profissionais que acreditam que a empresa atende às suas necessidades e se preocupa com o seu desenvolvimento funcional.

Na minha caminhada como consultora organizacional tenho encontrado uma variedade enorme de gestores que precisam exercer a liderança de seus grupos, porém não foram preparados para este papel. Foram promovidos porque no passado foram excelentes técnicos e tinham um alto comprometimento com a empresa. Entretanto, não tiveram qualquer preparação comportamental para exercerem a liderança de suas equipes com competência emocional.

Para exercer a liderança é preciso ter o que chamamos de coeficiente emocional. Ser maduro emocionalmente é conhecer-se como pessoa, reconhecendo seus pontos de assertividade e suas vulnerabilidades como pessoa e profissional. Toda liderança deve, em primeiro lugar, procurar aumentar o seu coeficiente emocional. Como conseguir influenciar alguém percebendo suas necessidades se não tiver consciência de como é ou como reage nas diferentes situações? Impossível.  O que mais encontro no meu dia-a-dia são lideranças analfabetas emocionalmente de si mesmo, o que o inviabiliza que atuem assertivamente como líderes de pessoas.

A retenção dos talentos em uma empresa está diretamente relacionada como o nível de maturidade de seus gestores em conseguirem exercer a liderança com competência emocional. É preciso preparar e capacitar as lideranças para que consigam desenvolver o seu coeficiente emocional .

Gestão e liderança dois papéis da administração que disputam ferozmente um lugar neste cenário tão competitivo e ao mesmo tempo tão restritivo que estamos vivendo.

Capacitar e desenvolver profissionais que se destacam tecnicamente em programas comportamentais para que conheçam o pipeline da liderança e vivenciem situações onde podem aumentar o seu autoconhecimento emocional e funcional, deve ser uma das metas estratégicas de toda organização que busca sua sustentabilidade.

Meu convite para os tempos de hoje é transformar a gestão numa liderança de pessoas e processos. Não buscar somente os números, por piores que os negócios estejam. Peter Drucker já dizia que quando o gestor se preocupa com o processo, os resultados aparecem como decorrência. A liderança deve se preocupar genuinamente com as pessoas de sua equipe, com suas necessidades e expectativas. É importante que o gestor goste de gente com bastante intensidade.

A busca dos resultados de nossas empresas e sua sustentabilidade neste mercado deve ser feita de forma inclusiva, isto é, todos os envolvidos no processo –empresa, gestores, profissionais, clientes e fornecedores – devem se sentir atendidos ao mesmo tempo. Isso só será possível se o gestor buscar estar a serviço de sua equipe e não ser servido por ela.

Treine e capacite seus gestores, aumente o coeficiente emocional de suas lideranças e terá condições de buscar a sustentabilidade de sua empresa.

Fátima Ohl Braga
Sócia-diretora e consultora organizacional.
Atua há trinta anos como consultora organizacional, implementando programas de Treinamento e Desenvolvimento, Avaliação de Desempenho e Potencial, Gestão por Competências - Veja mais 

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